domingo, 23 de setembro de 2007

||| BlogEntrevistas #7









Entrevistado: Simão dos Reis Agostinho, 22 anos, Estudante de Comunicação Social
Blogue: O Estado do Tempo

1. Sabendo que a blogosfera é uma janela para a vida cibernética, como vê o fenómeno «blogue»?
- Os blogs são um fenómeno bastante interessante porque, aproveitando uma plataforma de comunicação completamente revolucionária, disponibilizam a quem os usa um "espaço" de comunicação inigualável. Atendendo às palavras de McLuhan, quando defende que "os media são a mensagem", penso que não podemos deixar de olhar os blogs como portadores de uma ideia em si que, a meu ver, se resume na publicação e comunicação livres, sem grandes restrições que não sejam as de ordem técnica ou info-exclusão. Ultrapassadas essas dificuldades, todos somos bloggers em potencia. É óbvio que isto pode também acarretar uma visão personalista do individuo, notando-se contudo um aproveitamento bastante positivo dos blogs por parte de autores de linhas ideológicas e políticas completamente diferentes, como os da chamada área nacional, o que prova que a blogosfera é, essencialmente, aquilo que dela fizermos porque a isso se predispõe naturalmente.

2. Quando acede à blogosfera que tipo de blogues procura?
- Procuro essencialmente blogs que abordem temáticas semelhantes às do Estado do Tempo. À parte disso, cinjo-me aos dos amigos e "personalidades". Contudo, quando surge alguma "casa" nova, procuro segui-la pelo menos nos primeiros tempos.

3. O que o levou a criar um blogue?
- Comecei com um espaço colectivo a três mãos. Como não correu pelo melhor - por razões que não merecem explicação - decidi experimentar manter um blog pessoal. Contudo acabei por concluir que não era bem aquele o formato que mais se adaptava a mim e ao que queria escrever, pelo que abri o Estado do Tempo, este sim um espaço definitivo. A intenção da primeira incursão blogosférica era a de falar sobre um tema específico (o Integralismo Lusitano). Da segunda, fazer uma experiência de modo a averiguar se me adaptaria ao meio. Nesta terceira, consolidar um local de publicação diária sobre as minhas percepções do mundo, convicções políticas e religiosas e visão civilizacional. A par disso, faço por cultivar o intercâmbio de ideias com outros autores, o que me assegura conhecer pessoas com as quais muito tenho aprendido.

4. Que balanço faz da sua estadia na blogosfera e da blogosfera actual?
- Bastante boa. Tenho encontrado uma comunidade muito paciente com os disparates que escrevo! Mas a avaliação positiva deve-se sobretudo ao facto de encontrar também na blogosfera a plataforma doutrinal e de acção política no campo das ideias que não existe fora da internet. Esse é um dos factores mais positivos e animadores. De certa forma, sinto que vou contribuindo para a sua construção.

5. Acha que os blogues podem substituir a imprensa online?
- Não. Penso ser impossível. Mas a imprensa tem de encontrar novos caminhos de publicação, correndo o risco de perder muitos leitores. E isso não se faz oferecendo DVD’s…

6. Em que medida os blogues influenciam ou influenciaram a sua vida e/ou actividade profissional?
- Influenciam muito, na medida em que sempre que tenho um computador por perto não suporto vê-lo desligado. Certos blogs tornaram-se visitas diárias obrigatórias porque neles, ou com eles, desenvolvo debates, troca de ideias e aprendizagens.

7. O que faz um bom blogue?
- Cumprir os objectivos para os quais foi criado. Qualquer outro tipo de avaliação é subjectivo de mais para ser credível.

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