domingo, 23 de setembro de 2007

||| BlogEntrevistas #1









Entrevistado: Luís Monteiro da Cunha, 44 anos
Blogue: Bufagato

1. Sabendo que a blogosfera é uma janela para a vida cibernética, como vê o fenómeno «blogue»?
– Os blogues apareceram timidamente e dada a facilidade de manuseamento e actualização, depressa ganhou a amplitude que hoje lhe é reconhecida. Como janela aberta ao mundo, contribuiu para um fenómeno: a singularidade exposta. Cada bloguista consegue comunicar livremente com o mundo, anunciar as suas ideias. Mas o que considero ainda mais fascinante, é o facto de cada um conseguir despojar-se de si próprio, de preconceitos que o inibem, libertando-se perante a universalidade feérica, exibindo a sua alma pessoal, conceito, vivência, até problemas pessoais.

2. Quando acede à blogosfera que tipo de blogues procura?
– Actualmente procuro apenas blogs culturais; informativos; e de amigos.

3. O que o levou a criar um blogue?
– Por um acaso. Criei o blog Bufagato porque fui desafiado por um amigo que achava interessante se publicasse os meus trabalhos de escrita na internet. Como nada percebia de html para abrir uma página no servidor, achei que um blogue seria uma boa solução para o que pretendia. Depois, foi a bola de neve.

4. Que balanço faz da sua estadia na blogosfera e da blogosfera actual?
– O balanço é positivo. A prova do que afirmo é o facto de os servidores, mesmo os mais conceituados, continuarem a investir na capacidade de alojamento e cativação de novos bloguistas. Deu-me a oportunidade de crescer, cultural e pessoalmente. Convivo hoje com pessoas reconhecidas a nível nacional que nunca conheceria, se não tivesse optado por criar e publicar no Bufagato o que escrevo.

5. Acha que os blogues podem substituir a imprensa online?
– Nunca poderão substituir a folha impressa. Até porque o papel de cada um é diferente. Quando se lê uma notícia, ou um artigo interessante no ecrã, se existir em publicação formal, existirá sempre a vontade de procurar e adquirir esse artigo publicado nos meios tradicionais.

6. Em que medida os blogues influenciam ou influenciaram a sua vida e/ou actividade profissional?
– Influenciaram bastante, na medida em que qualquer assunto que se pretenda explorar, existe no espaço de qualquer motor de busca e de um clique. Para quem necessita de escrever, fundamentando aquilo que escreve, torna-se assim uma ferramenta rápida e indispensável na busca do conhecimento, que pode sempre ser confirmada numa publicação da especialidade.

7. O que faz um bom blogue?
– Essa é uma pergunta a que ninguém cabalmente poderá responder. Mediante o conceito de vida de cada ser individual, assim serão as suas preferências pelos blogues. No entanto, a existência de qualquer personalidade reconhecidamente popular, credível, na elaboração do mesmo, ou que empreste o seu nome para o efeito, atrairá mais visitas e consequentemente eleva a qualidade e pluralidade dos temas a publicar. Quanto à concepção temática dos blogues, existe de tudo, desde os primários, aqueles que copiam de outros e colam no seu, até aos elaborados com meticulosidade, verdadeiras enciclopédias temáticas. Pessoalmente, um bom blogue, é todo aquele que expõe ideias concretas, fornece conhecimentos, e comprova-as. São os meus preferidos.

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